domingo, 22 de fevereiro de 2009

O Momento congelado

3 de Fevereiro de 2009, Taveiro, Benedita, Alcobaça, Santarém, Portugal, Península Ibérica, Europa , Terra
A chuva continua alegremente a sua música e as aves acompanham estridentes.
A vida encara as águas celestes das maneiras mais diversas e maravilhosas.
O que para uns é benção a outros parece maldição. As bocas avidas, sedentas e curiosas contrastam com os lombos arrepiados aquecendo-se á beira da sábia lareira.
O fluxo incompreensivel da vida é de uma complexidade tão simples que ainda não existe palavra que a possa descrever. Os significados são apenas as máscaras que se dão aos factos. A verdade é algo que só existe no mundo humano, uma busca de razões tentando validar o passado apenas por receio do presente.
As obras, palavras e actos humanos são tão dignos de reparo como a mijadela dum gato ou a queda duma folha. Perdemo-nos num caminho de racionalizações egocêntricas e diminutivas do Todo. Sempre em busca dum bocadinho de Luz e para isso correndo para uma cave escura, negando o Sol que Sempre brilhou por detrás das nossas nuvens.
O ritmo aumenta e o meu sorriso abre-se saindo de mim posso receber o que não me pertencia de inicio, partilhando tudo com todos. Nunca tendo nada a perder, somente uma vida que não fiz nada para merecer, sigo de peito aberto para a próxima surpresa.
Bom , Mau, Assim-Assado, pouco me interessa , se me me conheço apenas estou nisto por amor a isto. Os diferentes sabores, ardores, temores e outros amores são apenas aquilo que nos distancia uns dos outros. Entendedo que tudo isso são vaidades começaremos então a ver o quão bela esta estória é. As possibilidades serão infinitas e o Futuro passará a ser o presente vivido com um sorriso nos lábios e uma serena Paz cósmica.
E com isto a chuva parou, não porque eu escrevi, mas sim porque ja estava escrito.

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