Sentado á espera de algo que não me apetece criar eu mesmo, olho para trás vendo o brilho do Sol ampliado por uma lágrima.
Reparo nostálgico em toda a merda que fiz ou deixei por fazer e a acutilância do meu Ego não me deixa esquecer nenhum possível cenário, levando assim uma imaginação fértil a pantânos infectos e áridos.
Começo a sentir que talvez as percas tenham que ser mais que os ganhos.
E que só assim o tal despojamento necessário pode acontecer. Como poderei agarrar algo se tenho as mão cheias de coisas!?
As coisas, as coisas, sempre as putas das coisas. Continuo a ser o mesmo menino deslumbrado por brinquedos dos quais me vou fartar logo que sejam meus.
Temendo ficar de mãos a abanar retenho um pássaro que já fede na prisão das minhas palmas.
Somente no dia em que largar as asas é que vou conseguir voar.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Prosas fumadas
SOnantes pedradas abrem portas em muros feitos de fumo.
Um alvo lobo tenta comer os males do mundo enquanto as trevas lhe são o pão. Os negros meninos dançam melhor que nunca as musicas do Demo e alguém ri satisfeito no seu trono branco.
Desço da minha grande cabeça e enfrento a realidade alheia. Escorregando molemente insinuo-me aos passantes e em breve sou pele fina ao pescoço de quem disso gosta. Afio a lingua nos ouvidos ali á mão e em breve sinto estremecimentos de prazer que me fazem querer calar.
Os ombros de um odor sobrenatural atiçam-me o apetite e em breve o sangue corre. Os meus dentes psicadélicos parecem escorregar na ternura das carnes e receando enjoar termino o manjar.
Olhos agradecidos e espantados temem e desejam o próximo passo dos loucos.
A chuva vem plácida e as aves de agoiro ou não, recolhem ás beiradas. O fumo do meu cigarro cruza-se no caminho do Tempo que se senta a fumar.
As gotas massajam voluntariamente as sedentas almas e tudo nasce e morre no mesmo sítio.
Enchendo as unhas de solo cavo a minha própria sepultura nela durmo o mais abençoado dos sonos. O sono consciente.
Um alvo lobo tenta comer os males do mundo enquanto as trevas lhe são o pão. Os negros meninos dançam melhor que nunca as musicas do Demo e alguém ri satisfeito no seu trono branco.
Desço da minha grande cabeça e enfrento a realidade alheia. Escorregando molemente insinuo-me aos passantes e em breve sou pele fina ao pescoço de quem disso gosta. Afio a lingua nos ouvidos ali á mão e em breve sinto estremecimentos de prazer que me fazem querer calar.
Os ombros de um odor sobrenatural atiçam-me o apetite e em breve o sangue corre. Os meus dentes psicadélicos parecem escorregar na ternura das carnes e receando enjoar termino o manjar.
Olhos agradecidos e espantados temem e desejam o próximo passo dos loucos.
A chuva vem plácida e as aves de agoiro ou não, recolhem ás beiradas. O fumo do meu cigarro cruza-se no caminho do Tempo que se senta a fumar.
As gotas massajam voluntariamente as sedentas almas e tudo nasce e morre no mesmo sítio.
Enchendo as unhas de solo cavo a minha própria sepultura nela durmo o mais abençoado dos sonos. O sono consciente.
sábado, 6 de setembro de 2008
Liquidos constantes
Duas gotas de chuva descendem do céu negro e tenebroso.
Sem nunca se conhecerem partilham a mesma origem.
Sem nada desejarem acabam por tudo alcançar.
Dois corpos voláteis em busca das formas do maravilhoso.
A água que tudo aceita cobre todos igualmente.
Puro ou imundo leva o mesmo tratamento amoroso.
Como eternas crianças repetindo o jogo eternamente.
Os corpos que nos recebem aguardavam o toque sequiosos.
As lágrimas lavam os olhos e tudo se clarifica
Sem nunca se conhecerem partilham a mesma origem.
Sem nada desejarem acabam por tudo alcançar.
Dois corpos voláteis em busca das formas do maravilhoso.
A água que tudo aceita cobre todos igualmente.
Puro ou imundo leva o mesmo tratamento amoroso.
Como eternas crianças repetindo o jogo eternamente.
Os corpos que nos recebem aguardavam o toque sequiosos.
As lágrimas lavam os olhos e tudo se clarifica
A nossa morte vai ser chuvosa e magnífica
Sem necessitar de qualquer companhia sei que ninguém está sozinho
Não vendo nada nem ninguém descubro a existência escondida atrás da Verdade.
Subscrever:
Mensagens (Atom)