Sem nunca se conhecerem partilham a mesma origem.
Sem nada desejarem acabam por tudo alcançar.
Dois corpos voláteis em busca das formas do maravilhoso.
A água que tudo aceita cobre todos igualmente.
Puro ou imundo leva o mesmo tratamento amoroso.
Como eternas crianças repetindo o jogo eternamente.
Os corpos que nos recebem aguardavam o toque sequiosos.
As lágrimas lavam os olhos e tudo se clarifica
A nossa morte vai ser chuvosa e magnífica
Sem necessitar de qualquer companhia sei que ninguém está sozinho
Não vendo nada nem ninguém descubro a existência escondida atrás da Verdade.
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