segunda-feira, 10 de março de 2008

a uma hiena

mordo as mãos...as minhas
mordo-as como fossem comida
preferia morrer saudando a vida
que viver por vezes os dias
mal nenhum encontro
algum bem
dissolve-se a luz
ganham-se novas verdades
caldeirão existencial
transformar-me
esta a demorar mais que queria
fica mais longe fazer futuro no passado
tudo atras de mim é pele morta
surgem quadrantes sinuosos
horrores disfarçados
alguns saltam, atravessando-as..inocuamente julgados
acredito sem piamente me submeter
a nenhuma ideia, pensar, alguma conjucção sonora de significados em parelha
venho á tona dos mundos
e ainda sem tirar a cara de parvo de admirado
sorvo o ar das vozes
e levo para o fundo, tempo
que demoro a voltar
e ocupo este corpo
esguio, esqueletico moderno
mas acordo no sonho
e é isso que sou
uma noite tranquila

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