terça-feira, 4 de dezembro de 2007

mão ou pata?

já não sei ou sei bem demais
onde um começa e o outro termina
se finjo com verdade
ou com a mentira
cheiro a merda de perto
como quem desconfia
de ser igual ao que vê
as paredes dobram
as caras, são afinal só fantasia
meias rotas que calço
cigarro longo de um dia
a solidão como festim
abutres delicados
o eco cego de um susto
que não me fez acordar
e assim ando enganado
ao escuro
dizendo que esta luz ténue
que seguro
é o melhor..
o melhor que há!!
fútil menino de cabelos brancos
que na soma das partes
não sabe quais somar
o que finje ser
do que é a finjir
perco pelo e saltam unhas
mijo onde calha
e ponho-me a andar
Que um cão...não tem paciencia
pra estas merdas.

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